Famílias de vítimas de Brumadinho tomam medida drástica para acelerar processo criminal

Em janeiro de 2019, uma das maiores tragédias ambientais e humanas atingiu Brumadinho, em Minas Gerais, após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão. Centenas de vidas foram perdidas e a luta por justiça e reparação continua intensa até os dias atuais.

Famílias de vítimas vão à Alemanha para agilizar processo

Recentemente, um grupo representativo das famílias das vítimas viajou à Alemanha com a esperança de acelerar o processo criminal contra a Tüv Süd, empresa que atestou a segurança da barragem que colapsou. Eles se reuniram com várias entidades e organizaram manifestações para chamar a atenção para a causa, que se arrasta desde 2019 no sistema judicial alemão.

O envolvimento de instâncias internacionais, como o Centro Europeu para os Direitos Constitucionais e Humanos, que auxilia no processo, é crucial. Este apoio não apenas reforça o alcance e a pressão sobre a responsabilizada, mas também enfatiza a gravidade e o impacto global de desastres como este.

Como o Brasil trata a fiscalização de barragens atualmente?

Desde o desastre, mecanismos mais rígidos foram estabelecidos para a fiscalização de barragens em todo o país. As auditorias, antes consideradas superficiais por muitos especialistas, agora devem seguir critérios mais estritos e frequentes. Ainda assim, a confiança do público na segurança dessas estruturas permanece abalada.

Apesar das garantias de compensação financeira e suporte às famílias afetadas em Brumadinho, muitos reclamam de atrasos e de um processo burocrático complicado. Paralelamente, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo estão lutando para aumentar a indenização pelo desastre de Mariana em 2015, argumentando que o valor deveria refletir uma postura mais punitiva e educacional.