Minas Gerais enfrenta maior número de queimadas em quase uma década
Os incêndios florestais estão se espalhando por todo o Brasil, e Minas Gerais não é exceção. O estado está enfrentando sua pior crise de incêndios em vegetação desde que o Corpo de Bombeiros iniciou sua série histórica em 2015. Somente nas últimas horas, os bombeiros registraram 257 acionamentos para combater incêndios florestais.
De acordo com um balanço divulgado na quarta-feira (18), os registros mais recentes contabilizam incêndios que ocorreram entre 10h da última terça-feira (17) e 10h de quarta-feira (18). Até terça-feira (17), os incêndios florestais já somavam 24 mil ocorrências em Minas Gerais desde o início do ano, superando o recorde anterior de 2021, que teve quase 22 mil casos até o fim de setembro.
Por que os incêndios florestais estão aumentando?
A questão que muitos se perguntam é: por que há um aumento tão expressivo no número de incêndios florestais? Existem diversos fatores que contribuem para essa situação alarmante:
- Clima seco: A ausência de chuvas contribui para a secagem da vegetação, facilitando a propagação do fogo.
- Atividades humanas: Queimadas irregulares e ações como a limpeza de terrenos podem sair de controle e causar incêndios maiores.
- Descuidos: Fatores como bitucas de cigarro jogadas em locais inadequados também são um grande risco.
Os incêndios florestais causam uma série de problemas graves. Em primeiro lugar, há a perda de biodiversidade, com muitas espécies de plantas e animais sendo dizimadas. Em segundo, os incêndios prejudicam a qualidade do ar, podendo causar problemas respiratórios na população local. Por fim, há o impacto econômico, com perda de áreas agrícolas e florestais que poderiam ser utilizadas de forma sustentável.
O Corpo de Bombeiros tem atuado arduamente para controlar essa crise, mas é importante que a população também faça sua parte. Estar atento, evitar práticas que possam provocar queimadas e denunciar focos de incêndio são passos fundamentais que todos podem seguir.
Em agosto, 37% dos incêndios em vegetação atendidos pelos bombeiros ocorreram, somando mais de 6.000 casos. Este mês, com apenas duas semanas, já está se aproximando das 4.000 ocorrências. Os dados são alarmantes e ressaltam a urgência de ações imediatas para controlar e prevenir novos focos.