Rodovias de Minas Gerais sem duplicação seguem sendo problema para motoristas
A falta de duplicação de duas rodovias federais de Minas Gerais vem causando transtornos para os motoristas, inclusive com o registro de acidentes e óbitos. Nesta semana, há expectativa para que o presidente da República anuncie novos planos para as rodovias durante sua passagem pelo estado.
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Rodovias sem duplicação têm causado transtornos em Minas Gerais
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao estado, nesta semana, ressurge as esperanças de novos planos para a BR-381 e a BR-262. Ambas as rodovias federais são conhecidas pelas péssimas condições e pelos acidentes com óbitos, tanto que a primeira recebeu o “apelido” de Rodovia da Morte.
Vale ressaltar que o governo federal já tentou leiloar para a iniciativa privada os trechos mais críticos das duas rodovias (na BR-381, entre BH e Governador Valadares; e na BR-262, entre BH e Vitória, no Espírito Santo). No entanto, não houve interessados, principalmente, por causa da necessidade de duplicação.
Isso porque ambas as rodovias foram construídas com curvas muito sinuosas para enfrentar o relevo montanhoso e, por isso, o custo para serem duplicadas é bastante elevado. Apesar disso, o governo federal segue com o plano de leiloar a BR-381 para a iniciativa privada ainda no ano de 2024.
Já o estudo para a concessão da BR-262 deverá ser finalizado somente no ano que vem. A rodovia, que começa em Uberaba (MG) e segue até Vitória (ES), foi construída na década de 1960 e é considerada um marco, como afirma Patrício Pires, doutor em geotecnia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
“Teve muito corte em rocha, em solo, muitas pontes, porque há muitos rios que cortam a BR-262. De fato, foi uma obra audaciosa e de grande vulto para a engenharia na sua época de construção”, explica. Apesar de ser um marco, hoje a rodovia é conhecida pelos motoristas por causa das suas péssimas condições.
Imagem: Reprodução/Freepik