Rompimento de barragem em Brumadinho completa 5 anos
Nesta quinta-feira (25), o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, completa cinco anos. A tragédia matou 270 pessoas e 5 ainda estão desaparecidas. Além das vidas humanas, o desastre também foi ambiental, impactando a fauna, a flora e ainda a saúde dos moradores.
Saiba mais detalhes sobre o caso e as investigações em andamento.
Desastre em Brumadinho completa 5 anos e ninguém foi punido
Há cinco anos, uma barragem da mineradora Vale, no Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, se rompia em um dos maiores desastres ambientais da história do país. A tragédia matou 270 pessoas, mas cinco ainda estão desaparecidas. No entanto, além de humanas, as consequências foram além.
De acordo com o Relatório Dia a Dia da Reparação, elaborado com base em dados fornecidos pela Vale, 9,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram jogados na natureza com o rompimento da barragem, impactando 162 hectares de Mata Atlântica e toda sua fauna e flora. Além disso, 26 municípios foram atingidos.
Depois de cinco anos do desastre, ninguém foi punido. A consultora Tüv Süd, que emitiu Declarações de Condição de Estabilidade da estrutura mesmo com o fator de segurança abaixo do recomendado por padrões internacionais, virou ré no processo, juntamente com a mineradora Vale e outras 16 pessoas.
No entanto, um ano depois de se tornarem réus, não houve nenhuma punição e inexiste uma previsão para o início do julgamento do processo, que corre na Justiça Federal.
“A gente não esquece dia nenhum. Por mais que a gente saia, às vezes está em outro lugar sorrindo, mas, no fundo, no fundo, tem a tristeza da falta deles, a saudade e também um sentimento de injustiça”, desabafa Alexandra Andrade, que perdeu um irmão e um primo no rompimento da barragem da Vale.
Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil