Rompimento de barragens em MG criou cidades fantasmas em locais atingidos; entenda
A tragédia de Mariana, que assolou o subdistrito de Bento Rodrigues em Minas Gerais, continua a assombrar as famílias atingidas — mesmo oito anos após o desastre.
Enquanto buscam incansavelmente por reparação integral, a expansão das atividades de mineração na região ameaça criar um cenário de desolação e abandono.
O documentário recentemente lançado pela Folha, intitulado “Fantasmas da Lama“, mergulha nas histórias dessas comunidades em luta. Saiba mais informações!
Consequências dos rompimentos de barragens em MG
O rompimento da barragem da Samarco, fruto de uma parceria entre as poderosas empresas Vale e BHP Billiton, desencadeou não apenas uma das maiores catástrofes ambientais do Brasil, mas também expôs a fragilidade do sistema de responsabilização. Outros desastres semelhantes, como o ocorrido em Brumadinho, em 2019, que vitimou 270 pessoas, permanecem sem punições criminais.
O retorno da equipe da Folha a Mariana revela um cenário de reparação ainda em andamento, com algumas famílias sendo realocadas em um novo assentamento, enquanto outras lutam para preservar sua antiga comunidade, agora abandonada.
O avanço da mineração no estado, associado à dependência econômica local, evidencia um ciclo perigoso de pressões e riscos para as comunidades atingidas, que se sentem reféns das empresas mineradoras.
Cidades ficam vazias
O termo “terrorismo de barragem”, cunhado por grupos de atingidos, ilustra a pressão exercida pelas empresas para facilitar a remoção das comunidades afetadas. O processo de reassentamento enfrenta obstáculos, incluindo a lentidão das obras e a mudança nos hábitos de vida das pessoas devido às novas localizações das casas.
As histórias como a de Marcos Muniz, um antigo morador de Bento Rodrigues que lamenta a perda de sua terra e memória, são um lembrete doloroso do impacto duradouro desse desastre. Infelizmente, inúmeras vidas foram perdidas antes de testemunharem o renascimento de suas comunidades.
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Imagem: Reprodução/Wikipedia
