Concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro volta a receber denúncias de fraude
No último domingo, o processo seletivo para Soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) foi novamente envolvido em denúncias de fraude, levantando questionamentos sobre a integridade do certame. A prova, organizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), já havia enfrentado problemas semelhantes no passado, resultando na anulação de uma tentativa anterior devido a suspeitas de irregularidades.
Candidatos apontam a falta de fiscalização adequada como uma das principais falhas, com relatos preocupantes sobre a presença de aparelhos celulares e outras condutas inapropriadas. Em meio ao caos, um episódio de violência nas proximidades de um dos locais de prova chocou ainda mais os participantes, quando disparos de arma de fogo foram ouvidos, gerando pânico e confusão.
Como as denúncias de fraude afetam a credibilidade do concurso d Polícia Militar do Rio de Janeiro?
Além dos problemas de fiscalização, fotografias e vídeos das provas circularam nas redes sociais, evidenciando uma “vista grossa” dos fiscais perante o uso indevido de celulares. Um caso particularmente alarmante foi reportado no colégio Mário Quintana, onde o toque de um celular não resultou na eliminação esperada do candidato, colocando em dúvida o critério adotado pela banca.
A FGV, por sua vez, defende a eficácia do processo, alegando que, apesar dos imprevistos, o concurso ocorreu de forma tranquila para a grande maioria dos 117.648 candidatos distribuídos em 184 locais. A fundação reconhece, contudo, que houve uma interrupção momentânea devido a uma troca de tiros na vizinhança, mas assegura que a situação foi prontamente controlada sem prejudicar o certame ou vazar informações.
Dentro deste cenário conturbado, surgiram alegações ainda mais graves de favorecimento a um determinado candidato, supostamente auxiliado por policiais militares durante a prova. Essas acusações alarmantes estão sendo levadas ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) para investigação. A PM, confrontada com tais alegações, nega as irregularidades, embora o incidente lançar uma sombra de dúvida sobre a equidade do concurso.
A anulação da prova anterior deu início a um processo extenso de descredenciamento da empresa inicialmente responsável e a subsequente contratação da FGV. Durante esse intervalo, questões jurídicas adicionais foram resolvidas, destacadamente a inconstitucionalidade de cotas de gênero previstas no regulamento, culminando em um novo critério de seleção baseado exclusivamente no mérito.