Espécie rara é vista no Rio de Janeiro após mais de 30 anos
Após mais de três décadas sem ser avistada, a espécie Bate-bico reapareceu na cidade do Rio de Janeiro, sendo avistada na Lagoa Rodrigo de Freitas.
A descoberta foi feita por um casal venezuelano, que são observadores de aves, Francisco Inciarte e Libi Rivero. Saiba mais informações!
Espécie de ave rara foi encontrada no Rio de Janeiro
Segundo o ornitólogo Guilherme Serpa, a presença do Bate-bico pode ser atribuída em parte à recuperação da vegetação nas margens da lagoa, que reproduziu o habitat natural da espécie. Há indícios de que movimentos migratórios ainda pouco conhecidos no Sudeste do país podem estar relacionados ao seu retorno.
Acredita-se que a espécie estivesse procurando seu habitat preferencial, composto por vegetação paludosa em pântanos e brejos. Possivelmente, encontrou nas margens recuperadas da Lagoa Rodrigo de Freitas um ambiente propício para obter recursos alimentares. A permanência da espécie na área ainda é incerta e será determinada com o tempo.
Embora seja surpreendente encontrá-la na cidade do Rio de Janeiro, o bate-bico é mais comumente avistado na Região dos Lagos e no norte-fluminense, especialmente no Parque Estadual da Lagoa do Açú. Há também registros esporádicos entre Angra dos Reis e Paraty.
A destruição do habitat típico dessas aves, devido à especulação imobiliária na Zona Oeste do município, é uma suposição para o desaparecimento da espécie na cidade desde 1980. Guilherme ressalta que ações de recuperação ambiental, como as realizadas na Lagoa Rodrigo de Freitas, oferecem esperança para o retorno de algumas espécies.
Ave bate-bico
O Bate-bico é uma ave pequena, medindo entre 12 e 13 centímetros e pesando entre 11 e 16 gramas. Sua cabeça possui coloração marrom escura, com uma sobrancelha branca que destaca o olho escuro. A parte traseira é escura, com riscos em tons de cinza e marrom, e a cauda é curta, rígida e afunilada.
Essas aves se alimentam principalmente de insetos encontrados na água ou na vegetação próxima. Sua distribuição abrange o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, além de partes do Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia.
O nome comum “Bate-bico” vem da vocalização característica dessa espécie, uma série de estalinhos que lembram o som de um bico sendo constantemente batido.
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Imagem: Reprodução/FreePik