Maior favela do Brasil fica no Rio de Janeiro; saiba qual
O Brasil enfrenta desafios significativos em termos de moradia e urbanização, sendo as favelas um aspecto marcante deste cenário. As favelas são áreas caracterizadas por habitações subnormais e aglomerações densas, muitas vezes com infraestrutura insuficiente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essas comunidades abrigam um grande número de pessoas, refletindo em dados expressivos sobre a demografia urbana no país.
A Rocinha, localizada no Rio de Janeiro, é a das maior favela do Brasil, destacando-se por ter uma população que supera a de muitos municípios do estado. Com 72.021 moradores, a Rocinha ultrapassa em população 59 das 92 cidades fluminenses.
Quais são as maiores favelas do Brasil?
As favelas brasileiras variam em tamanho e densidade, e algumas se destacam pelo grande número de habitantes. Após a Rocinha, Sol Nascente, no Distrito Federal, e Paraisópolis, em São Paulo, são as maiores em termos de população. Esta classificação ressalta a presença significativa dessas comunidades em diferentes partes do país, cada qual com suas particularidades e desafios.
Além da Rocinha, outras favelas cariocas também fazem parte da lista das 20 maiores do Brasil. Rio das Pedras, com 55.653 moradores, ocupa a 5ª posição, enquanto o Jacarezinho, com 29.766 habitantes, está na 16ª posição. A presença de diversas favelas do Rio de Janeiro nesse ranking reafirma a concentração urbana e as questões sociais existentes na cidade. Confira a lista abaixo:
- Rocinha – Rio de Janeiro (RJ) – 72.021 moradores
- Sol Nascente – Brasília (DF) – 70.908 moradores
- Paraisópolis – São Paulo (SP) – 58.527 moradores
- Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM) – 55.821 moradores
- Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ) – 55.653 moradores
- Heliópolis – São Paulo (SP) – 55.583 moradores
- Comunidade São Lucas – Manaus (AM) – 53.674 moradores
- Coroadinho – São Luís (MA) – 51.050 moradores
- Baixadas da Estrada Nova Jurunas – Belém (PA) – 43.105 moradores
- Beiru / Tancredo Neves – Salvador (BA) – 38.871 moradores
- Pernambués – Salvador (BA) – 35.110 moradores
- Zumbi dos Palmares/Nova Luz – Manaus (AM) – 34.706 moradores
- Santa Etelvina – Manaus (AM) – 33.031 moradores
- Baixadas da Condor – Belém (PA) – 31.321 moradores
- Colônia Terra Nova – Manaus (AM) – 30.142 moradores
- Jacarezinho – Rio de Janeiro (RJ) – 29.766 moradores
- Vila São Pedro – São Bernardo do Campo (SP) – 28.466 moradores
- Cidade Olímpica – São Luís (MA) – 27.326 moradores
- Chafik / Macuco – Mauá (SP) – 26.835 moradores
- Grande Vitória – Manaus (AM) – 26.733 moradores
Apesar de sua relevância populacional, a infraestrutura nas favelas demanda melhorias significativas. No Rio de Janeiro, muitas dessas comunidades ainda enfrentam deficiências no acesso a serviços básicos. Segundo o IBGE, 86,2% dos domicílios nas favelas cariocas estão conectados à rede de esgoto ou fossas, um índice que, embora seja superior à média nacional de 77,4%, ainda reflete limitações na infraestrutura urbana.
Essas áreas urbanas densamente povoadas também enfrentam desafios no que diz respeito ao abastecimento de água e à gestão de resíduos sólidos, impactando diretamente a qualidade de vida dos moradores. A urbanização precária e a falta de políticas públicas eficazes são fatores que perpetuam as condições de vulnerabilidade social nas favelas.
Comparando com outros estados, o Rio de Janeiro possui o segundo maior número de favelas no Brasil, com 1.724 comunidades, ficando atrás apenas de São Paulo, que possui 3.123 favelas. No estado do Rio, aproximadamente 2 milhões de pessoas vivem nessas condições, uma realidade que, além de refletir em números, mostra-se nas condições precárias de habitação e saneamento.