Prefeito do Rio de Janeiro sanciona ‘megaferiado’, mas deixa diversas áreas de fora
O Rio de Janeiro, conhecido por suas paisagens deslumbrantes e eventos de grande porte, será o anfitrião da próxima Cúpula do G20. Esta notável reunião de líderes das maiores economias globais está programada para 18 e 19 de novembro de 2024. A ocasião marca um evento histórico, pois é a primeira vez que o Brasil preside o encontro.
O G20, ou Grupo dos 20, é essencialmente um fórum internacional para governos e chefes de estado de 19 países e a União Europeia, contemplando as maiores economias do mundo. Tradicionalmente, este evento concentra-se em questões pertinentes à economia global, incluindo política fiscal, regulação monetária e inovações para o desenvolvimento sustentável.
Preparativos e impactos do evento na cidade do Rio de Janeiro
Para acomodar o evento, o prefeito Eduardo Paes promoveu a sanção da Lei nº 8.134, decretando feriado nos dias da cúpula. A estratégia não apenas facilita a logística necessária para acomodação dos participantes internacionais e suas comitivas, mas também transforma a semana em um megaferiado, estendendo-se do dia 15 ao 20 de novembro.
Embora tal medida beneficie o planejamento do evento, setores como comércio, bares e pontos turísticos operarão normalmente. Confira abaixo a lista completa de estabelecimentos que ficaram fora da sanção:
- comércio de rua;
- bares e restaurantes;
- hotéis, hospedarias e pousadas;
- centros e galerias comerciais e shopping centers;
- estabelecimentos culturais como teatros, cinemas e bibliotecas;
- pontos turísticos;
- empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, bem como empresas programadoras e de produção de televisão por assinatura;
- indústrias localizadas nas Zonas Norte e Oeste
- padarias;
- estabelecimentos que desenvolvam as atividades através de trabalho remoto.
Sob a presidência brasileira, o tema da cúpula é “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”. O presidente Lula enfatizou três principais focos para este ano: combate à fome, pobreza e desigualdade; promoção das três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental); e a reforma na governança internacional.
Estes objetivos refletem o compromisso do Brasil em direcionar discussões que não apenas resultem em avanços econômicos, mas que também promovam equidade social e a sustentabilidade ambiental global.
A realização de um evento do porte do G20 no Rio de Janeiro gera expectativas elevadas em termos de impacto econômico local. Além do influxo direto de visitantes internacionais que movimentará hotéis, restaurantes e serviços, há a capacitação de infraestrutura que pode deixar legados duradouros para a cidade.
Entretanto, é crucial que tais desenvolvimentos sejam administrados de maneira que beneficie a população local sem exacerbar as disparidades existentes. A inclusão de áreas menos desenvolvidas nas zonas Norte e Oeste na medida que permite operação normal durante a Cúpula é um exemplo de como a cidade busca equilibrar progresso e cuidado social.