Rio de Janeiro registra grande número de motoristas de ônibus que desistiram da função por violência

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, a violência tem levado motoristas de ônibus a desistirem da função. Somente no ano passado, centenas de profissionais foram afastados por causa da insegurança. Nesse sentido, a Avenida Brasil é onde acontece a maioria dos ataques no Rio.

Saiba mais detalhes a respeito da situação dos motoristas na capital carioca.

Violência tem afastado motoristas de ônibus de suas funções no Rio de Janeiro

Segundo o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, no ano passado, houve quase 200 afastamentos de motoristas de ônibus por causa da violência e da insegurança na capital. Para José Carlos Sacramento, vice-presidente da entidade, a categoria está indefesa em meio à falta de ação do poder público.

“Já temos quase 200 companheiros que se afastaram do trabalho. É agressão, é tiroteio, é sequestro de ônibus, assaltos. A categoria vive uma ameaça. Isso vem afetando o psicológico dos trabalhadores. Não tem o que fazer, o trabalhador não tem defesa nenhuma. O poder público não toma providência”, afirma.

Ainda de acordo com o sindicato, a maioria dos ataques a ônibus acontece na Avenida Brasil, que é margeada por dezenas de comunidades. No ano passado, por exemplo, um motorista passou por momentos de terror na altura da passarela 7, no Complexo da Maré, em meio a uma troca de tiros.

“No dia 24 de dezembro do ano que passou, eu fui vítima da violência na Avenida Brasil. Meliantes em fuga, de uma comunidade, viram a oportunidade de alvejar o meu ônibus pra que ele desgovernasse e a polícia viesse a vir socorrer, né? Meu ônibus sofreu vários disparos”, conta o motorista da linha 665.

Segundo o sindicato, é comum que o profissional peça para trocar de linha ou, em alguns casos, até mesmo a demissão.

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