São João Marcos: Conheça a “cidade-fantasma” do Rio de Janeiro
São João Marcos, uma cidade-fantasma localizada no estado do Rio de Janeiro, carrega consigo uma história rica e um passado próspero que contrasta com sua realidade atual de ruínas.
Fundada em 1739, a cidade experimentou um crescimento notável impulsionado pelo cultivo de café, que atingiu seu auge econômico em 1850. Saiba mais informações!
Como se tornou uma “cidade-fantasma”?
No ápice de sua prosperidade, São João Marcos contava com uma população de 18 mil habitantes, sendo 8 mil deles pessoas escravizadas que trabalhavam nas plantações.
A cidade, majoritariamente rural, possuía um núcleo urbano com duas igrejas, duas escolas públicas, dois cemitérios, dois clubes, um hospital, uma agência de correios, um teatro, um time de futebol, além de prédios governamentais e lojas que compunham o cenário vibrante da localidade.
No entanto, o declínio começou com o fim do ciclo do café, e a cidade, outrora próspera, foi condenada ao esquecimento. Em 1940, durante o governo de Getúlio Vargas, São João Marcos foi desapropriada para dar lugar à construção da usina hidrelétrica de Fontes Novas.
A área urbana da cidade colonial foi alagada para aumentar o reservatório da usina, marcando o fim abrupto de uma comunidade que havia prosperado por quase dois séculos.
Parque Arqueológico e Ambiental de São Marcos
As ruínas de São João Marcos, tombadas em 1990 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e protegidas desde 2008 pelo Parque Arqueológico e Ambiental de São Marcos, testemunham o passado glorioso que foi tragado pelo progresso.
Visitantes que exploram o parque hoje podem percorrer os vestígios dessa cidade-fantasma, imaginando como ela era antes de ser desapropriada e demolida por uma decisão necessária para os avanços da época.
A preservação do Parque Arqueológico Ambiental São João Marcos serve como um tributo à memória da antiga cidade, permitindo que as gerações atuais e futuras conectem-se com o passado e compreendam a efemeridade das prosperidades que um dia floresceram nas terras que agora abrigam ruínas silenciosas.
Imagem: Reprodução/WikiMedia