Empreendimentos em locais históricos chamam atenção em BH; saiba mais
Os casarões antigos de Belo Horizonte são verdadeiras joias que encantam os olhos com seus detalhes únicos. Lajotas da década de 40, portas em pátina, tijolos à mostra e pintura de azulejos que contam histórias do passado são características que emolduram a memória da cidade. Muitos desses imóveis são tombados, preservando assim sua importância histórica e arquitetônica.
Recentemente, no entanto, uma tendência tem emergido na capital mineira: a ocupação desses espaços históricos por empreendimentos supercharmosos, principalmente bares e restaurantes. Conheça alguns empreendimentos em locais históricos!
Preservação dos espaços históricos
Os empreendedores veem esses lugares não apenas como oportunidades de negócio, mas também como chance de recontar histórias e reviver o passado.
Contudo, essa jornada não é isenta de desafios. A burocracia, especialmente quando se trata de imóveis tombados, pode ser um obstáculo significativo. A reforma desses locais requer a aprovação da diretoria de patrimônio da prefeitura ou do Estado, no caso de imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, qualquer intervenção, seja demolição, reforma, obra ou retirada de elementos construtivos, em imóveis tombados exige licenciamento prévio. Os prazos para aprovação variam de acordo com a complexidade da intervenção, podendo chegar a meses.
Empreendimentos em locais históricos de BH
Um exemplo é o Grumo Café, localizado em um imóvel construído em 1935. Desde a decisão de alugar o local até a inauguração do empreendimento, passou quase um ano. A aprovação da rampa de acesso foi um dos desafios, pois precisava harmonizar com a arquitetura do lugar. Luiz Felipe Torrent, sócio do café, contou com a expertise de uma arquiteta amiga para superar esse obstáculo.
Esse cuidado com a harmonia entre passado e presente é compartilhado por outros empreendedores, como François Rahme, responsável por um empreendimento na Casa Ferolla, uma construção dos anos 40 que será transformada em espaço de lazer para um edifício residencial.
Raphael Quick, um dos sócios da Cervejaria Viela, enfrentou desafios relacionados à burocracia do patrimônio histórico ao abrir seus três estabelecimentos em imóveis antigos. Para ele, esses espaços representam uma oportunidade valiosa para preservar o patrimônio histórico da cidade.
No entanto, Quick destaca que a excessiva burocracia acaba atrasando consideravelmente a abertura dos negócios, o que pode ser frustrante para algumas pessoas que desejam empreender nesses locais.
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Imagem: Reprodução/O Tempo