Com dívida alta, Governo de MG propõe solução; entenda
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), estão coordenando uma estratégia para propor uma solução alternativa para a dívida de Minas Gerais.
Esse movimento visa minar a influência do governador Romeu Zema (Novo) e conquistar protagonismo regional para a disputa ao governo do estado em 2026. Saiba mais informações!
Estratégia para Minas Gerais
A estratégia tem como base a ausência de uma relação próxima entre Zema e Luiz Inácio Lula da Silva, permitindo a Pacheco articular uma solução mais aceitável para que o estado ingresse no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O governador enviou um ofício a Pacheco, solicitando ajuda na negociação com o governo federal, embora o governo de Minas ainda não tenha se pronunciado oficialmente.
A proposta de Zema, atualmente em discussão com o Tesouro Nacional e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, envolve medidas impopulares, como conceder apenas duas recomposições inflacionárias de 3% cada nos próximos nove anos, privatizar a Codemig, limitar concursos públicos e instituir um teto de gastos estadual.
Solução para dívida do estado
Rodrigo Pacheco, por sua vez, sugeriu anteriormente uma nova abordagem, incluindo a realização de uma auditoria para calcular o valor real da dívida estadual, transferir o controle de estatais para a União (Cemig, Copasa e Codemig) como forma de abater o débito e utilizar créditos que Minas tenha com o governo federal para pagar a dívida.
O prazo para Minas Gerais aderir ao Regime de Recuperação Fiscal é até 20 de dezembro. O estado não paga a dívida com a União há cinco anos, e, sem a adesão ao RRF, teria que quitar R$ 18 bilhões em 2024. Ao ingressar no programa, o valor cairia para R$ 4 bilhões.
Apesar da iniciativa de Pacheco, há ceticismo quanto à sua efetividade, dada a urgência do prazo e a complexidade do processo. O secretário Gustavo Valadares expressou a disposição de receber toda ajuda, reconhecendo a dificuldade de encontrar uma alternativa ao RRF que perdura desde 2019.
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