Professor universitário de Montes Claros é indiciado por assédio sexual contra estudantes
Um professor universitário de 46 anos foi indiciado por assédio sexual contra alunas e chegou a manter relações sexuais de sadomasoquismo com algumas delas. O homem afirma que as relações foram consentidas.
Ele atua no curso de História da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), localizada no Norte de Minas, mas está afastado do cargo desde outubro de 2022, quando o caso foi denunciado. Saiba mais sobre o caso!
Mais informações sobre o caso do professor universitário
As denúncias foram levadas à Polícia Civil, o que deu início às investigações sobre o caso. Na sexta-feira, dia 24 de março, a apuração foi concluída e encaminhada à Justiça.
De acordo com Karine Maia, delegada responsável pelo caso, o professor foi acusado, cinco vezes, de assédio sexual, duas vezes por fotografar ou filmar cenas íntimas sem o consentimento da vítima e uma vez por importunação sexual. Esses comportamentos contra as alunas iniciaram entre 2019 e 2020.
No total, 10 alunas e ex-alunas desse professor prestaram depoimento sobre as situações durante a investigação do caso. Foram comprovadas práticas criminosas em cinco casos, que levaram ao indiciamento do suspeito.
Além disso, ele também está sendo acusado de aplicar supostas técnicas de hipnose, mesmo não tendo conhecimento sobre a área, e práticas sexuais de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo).
O que é BDSM
Essa prática é considerada um fetiche sexual. Ela envolvem atos sexuais sadomasoquistas, em que um dos parceiros domina o outro.
De acordo com a delegada, as alunas afirmam que durante os atos sexuais foram vendadas, amarradas e amordaçadas pelo professor. Segundo as investigações, o professor atraia alunas oferecendo sessões de hipnose e massagens relaxantes.
As vítimas afirmaram que algumas dessas situações aconteceram dentro da própria instituição de ensino e, algumas vezes, na casa do acusado.
Ao depor durante a investigação, o professor suspeito admitiu usar “técnicas de relaxamento” e até ter relações sexuais com as estudantes, mas alegou ter o consentimento delas. O professor também negou fazer hipnose.
De acordo com a delegada, as alunas abordadas pelo professor eram, na maioria das vezes, vítimas em situação de fragilidade, com ataques de ansiedade ou problemas com depressão.
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Imagem: Divulgação/Unimontes