Centenas de empresas e empregos ameaçados por impasse em Minas Gerais
Nos últimos anos, o estado de Minas Gerais liderou, no país, a geração distribuída de energia elétrica produzida por pequenas centrais.
Porém, o até então promissor negócio está ameaçado pelo impasse entre a Cemig e as empresas que instalam as pequenas centrais solares fotovoltaicas, com o risco de limitar os investimentos e acabar com centenas de empregos no estado. Saiba mais informações!
Impasse entre empresas de Minas Gerais
De acordo com o diretor regional da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) em Minas Gerais, Walter Abreu, a Cemig não cumpre as novas exigências de interligação de empresas que vendem equipamentos de produção de energia pelos consumidores na maior parte dos municípios mineiros, em Triângulo, Jequitinhonha e no Norte de Minas, sob o pretexto de suposta falta de capacidade técnica para conectar novas usinas.
Abreu afirma que a recusa da concessionária está causando grandes prejuízos ao segmento de geração distribuída na Zona Norte e em Jequitinhonha, onde o transtorno ameaça fechar cerca de 400 empresas do setor, o que pode levar ao fim cerca de 4 mil empregos nas duas regiões localizadas na área de mineração da Sudene.
Historicamente, ambas as empresas sofreram com a falta de chuva. Com o surgimento da geração de energia solar fotovoltaica, o sol forte, que antes era considerado um problema, tornou-se uma solução para a geração de empregos e renda.
A Cemig afirma que existem regiões onde sua rede elétrica não tem capacidade técnica para novas ligações para empreendedores de geração distribuída fotovoltaica.
Porém, a concessionária garante oferecer aos seus investidores um mapa informando que os equipamentos podem ser movidos para os locais onde há condições imediatas de receber novas ligações ou aguardar a disponibilidade em regiões atualmente saturadas.
Soluções para o problema
O representante dos investidores está cobrando medidas da própria Cemig e das autoridades estaduais para encontrar uma solução e evitar a desativação de empresas e a perda de empregos. “A primeira coisa que exigimos é transparência porque o argumento é tecnicamente insustentável. O ONS divulgou nota de que, em síntese, a Cemig precisa resolver a situação”, destaca.
Entretanto, Walter Abreu reclama que, embora ela alegue que não permite, para novas usinas (de micro ou pequenos geradores), o acesso à sua rede, a Cemig criou em 2019 uma subsidiária que atua na área de geração de energia elétrica distribuída, Cemig Sim, concorrendo com pequenas e médias empresas do setor.
Divulgando os serviços da Cemig Sim em seu site, a empresa destaca que seu plano de expansão prevê investimentos de R$ 3,25 bilhões até 2025.
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Imagem: Divulgação/Cemig