Cidade de Minas Gerais é uma das mais poluídas do Brasil

Recentemente, um relatório preocupante sobre a qualidade do ar foi divulgado pela IQAir, apontando Timóteo, na região do Vale do Aço, em Minas Gerais, como um dos municípios mais poluídos do Brasil. A pesquisa, elaborada com dados de 2023, mostra que a cidade mineira apresenta níveis de poluição atmosférica que superam em duas a três vezes o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outras cidades brasileiras também enfrentam problemas com poluição

Além de Timóteo, o estudo traz à tona outros municípios brasileiros com qualidade do ar comprometida, como Xapuri, no Acre, e diversas cidades paulistas, incluindo Osasco, Cubatão, Guarulhos e Rio Claro. Estas localidades registraram índices de poluição de três a cinco vezes maiores do que o limite estabelecido pela OMS, a colocando a saúde pública em xeque.

Contrastando com as cifras alarmantes, Fortaleza emerge como um exemplo positivo na luta contra a poluição do ar. A capital cearense distingue-se por ser a única cidade brasileira a manter seus níveis de poluentes atmosféricos dentro dos parâmetros recomendados pela OMS, representando um marco na preservação da qualidade do ar em áreas urbanas.

Um dos dados mais alarmantes do relatório é a deterioração da qualidade do ar em Manaus entre 2021 e 2023. A capital amazonense viu sua atmosfera ser invadida por concentrações particuladas (MP 2,5) até três vezes superiores ao limite preconizado pela OMS, um indicativo claro de que medidas urgentes precisam ser adotadas para mitigar esse fenômeno.

Situação do Brasil no contexto global

No cenário internacional, o Brasil ocupa a octagésima terceira posição entre os países mais poluídos, segundo o índice de MP 2,5 atmosférico. Apesar de alarmante, essa classificação marca uma leve melhora em relação aos anos anteriores, quando a presença de partículas na atmosfera era significativamente maior. Isso sugere que, embora lentamente, progressos estão sendo feitos na melhoria da qualidade do ar no país.

É fundamental compreender a gravidade da poluição atmosférica e seus efeitos na saúde pública. Conforme estabelecido pela OMS, o MP 2,5 constitui um dos maiores riscos à saúde, sendo capaz de provocar desde problemas respiratórios até doenças cardíacas graves.

A situação de Timóteo e de outras cidades brasileiras serve como um alerta para a urgência de políticas públicas eficazes no combate à poluição do ar. Enquanto Fortaleza mostra que é possível manter padrões de qualidade satisfatórios, o cenário nacional demanda ações imediatas para garantir o bem-estar e a saúde das populações.