Especialista faz alerta sobre reforço de policiamento nas escolas de MG

O governo de Minas Gerais anunciou que a Polícia Militar passará a fazer visitas regulares às escolas públicas de todo o estado.

Logo após o anúncio, a Prefeitura de Belo Horizonte informou na última terça-feira, 11 de abril, que agentes da Guarda Municipal estão mais presentes em instituições da cidade.

Porém, para Cleo Garcia, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que estuda ataques a escolas no Brasil, aumentar a segurança e o policiamento é uma medida pontual que não resolve o problema. Saiba mais!

Alerta sobre policiamento nas escolas

A pesquisadora da Educação também não apoia a presença de policiais armados dentro das instituições.

“No entorno, como uma prevenção, um apoio, para que esse momento de pânico seja amenizado, tudo bem, mas, dentro da escola, de forma nenhuma. Nos Estados Unidos, que é onde ocorre o maior número de eventos desse tipo, eles possuem leis, estratégias, policiamento armado nas escolas, armam até os professores. No entanto, os maiores ataques continuam sendo lá, e em escolas que já estão armadas, que são protegidas por travas, câmeras, botão de pânico”, disse Cleo.

Cleo é aluna de mestrado da Faculdade de Educação da Unicamp e, juntamente com a professora Telma Vinha, desenvolve a pesquisa intitulada “Ataques de extrema violência nas escolas do Brasil”.

As duas mapearam as incidências registradas em instituições de ensino do país e constataram que os autores desse tipo de agressão costumam sofrer alguma forma de violência na escola, como bullying, exclusão e humilhação. Em muitos casos, conviviam com a violência até mesmo em casa.

Solução para diminuir os ataques

De acordo com Cleo, a solução para esse tipo de fenômeno atual não é simples nem rápida, e envolve muitos setores da sociedade e do poder público.

A solução passa pela construção de políticas públicas, pela implantação de programas de prevenção e por redes de apoio às escolas com o envolvimento de profissionais de saúde mental e assistência social.

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Imagem: Divulgação/PMMG