Lagoa da Pampulha já esteve vazia? Saiba mais sobre imagem que viralizou

A Lagoa da Pampulha, um dos pontos turísticos mais famosos de Belo Horizonte, já ficou vazia por quatro anos.

Uma foto histórica, publicada recentemente pelo perfil BH Antigamente, mostrou a lagoa completamente seca, coberta de grama e areia. Saiba mais informações!

Lagoa da Pampulha já ficou vazia

A imagem foi registrada em 1958, durante a visita do então presidente Juscelino Kubitschek, que vistoriava a reinauguração do local.

Construída entre 1936 e 1938, a Lagoa da Pampulha possuía 18 milhões de metros cúbicos de água e uma barragem com quase 12 metros de altura.

No entanto, em 1954, surgiram problemas com vazamentos e rachaduras na barragem, levando à evacuação da região, incluindo o Aeroporto da Pampulha.

Em abril daquele ano, a barragem se rompeu, causando inundações em bairros próximos e mais distantes, além de danos em casas e plantações. Felizmente, não houve vítimas fatais, mas muitas pessoas adoeceram devido à água contaminada.

Uma comissão de investigação constatou que a construção da barragem não seguiu o projeto inicial, resultando em problemas estruturais.

Reabastecimento da Lagoa

Apenas 10 dias após o rompimento da barragem, foi aprovado um crédito especial de 100 milhões de cruzeiros para a reconstrução da barragem e outras melhorias. Isso incluía o alargamento da então Avenida Marginal, hoje conhecida como Avenida Otacílio Negrão de Lima, e o saneamento da bacia hidrográfica.

Um anúncio da Empresa Nacional de Imóveis e Obras destacava que a mundialmente conhecida Pampulha, o bairro residencial mais agradável de Belo Horizonte, teria todas as condições para seus habitantes e se tornaria um dos maiores balneários do Brasil. Em 1958, a lagoa foi novamente preenchida com água, embora com menos da metade do seu volume original.

O retorno da Lagoa da Pampulha como ponto turístico impulsionou o desenvolvimento da região, que foi reconhecida como patrimônio histórico e artístico pelo Iphan, tombada pelo município e, posteriormente, tornou-se Patrimônio Mundial pela Unesco em 2016.

Essa história ressalta a importância desse emblemático local para a cidade e como a sua preservação é fundamental para o turismo e o patrimônio cultural de Belo Horizonte.

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Imagem: Reprodução/WikiMedia