Prefeitura de Belo Horizonte estende horários de centros de saúde após pressão

Ontem, os pacientes que buscaram atendimento para sintomas de dengue, chikungunya ou zika na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, no Bairro Novo Aarão Reis, encontraram uma situação desafiadora. Encontravam-se deitados em cadeiras ou até mesmo no chão, enfrentando um tempo de espera que ultrapassava cinco horas.

Isso reflete a crescente pressão sobre o sistema de saúde, evidenciada pela epidemia de dengue. A expectativa gerada pela redução no tempo de espera no sábado no hospital temporário não se repetiu, destacando a sobrecarga enfrentada pelas unidades de saúde.

Desafios no Atendimento Médico durante Epidemias de Arboviroses

Diante desse cenário, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou novas medidas para agilizar os atendimentos. A partir de hoje, quatro centros de saúde passarão a operar em horário estendido, das 7h às 22h. Essas unidades funcionarão como apoio às UPAs, buscando aliviar a demanda crescente. O Secretário Municipal de Saúde, Danilo Borges, explicou que essa ação visa tanto aumentar a quantidade de locais disponíveis quanto estender o horário de atendimento.

O Centro de Atendimento às Arboviroses (CAA), instalado no hospital de campanha, atendeu 156 pessoas somente ontem. Desde sua abertura na sexta-feira, 49 pacientes foram internados, 28 dos quais permaneciam sob cuidados na noite passada. Com as unidades de saúde e o apoio lotados, os pacientes buscavam formas de tornar a espera mais suportável.

Ilídia Rosa Monteiro dos Reis, 65 anos, por exemplo, chegou à unidade às 10h e até as 15h40 havia passado apenas pela triagem. Com sintomas de dengue, ela optou por aguardar deitada em uma rampa de acesso. A espera se estendeu para outros pacientes como Bárbara Morais, 49 anos, que acompanhou o marido Marcelo Moura, 49 anos. Embora o primeiro atendimento tenha sido rápido, o processo subsequente demorou cerca de seis horas.

Essa sobrecarga nas unidades de saúde levou a PBH a expandir os horários de atendimento em centros de saúde, buscando atender à demanda crescente por assistência médica devido à epidemia de dengue.

Imagem: Reprodução/WikiMedia