Rio de Janeiro registrou menor índice de pobreza dos últimos 12 anos; saiba mais
O estado do Rio de Janeiro tem testemunhado uma redução significativa na população considerada abaixo da linha de pobreza, demonstrando avanços no cenário socioeconômico. De acordo com dados do IBGE, entre 2022 e 2023, houve uma retração de 26,6% para 21% na população vivendo em condições de pobreza. Este marco é parte de uma tendência positiva que vem ocorrendo desde o início da série histórica em 2012.
A região Metropolitana do Rio de Janeiro evidenciou uma queda ainda mais acentuada nos índices de pobreza, passando de 25% em 2022 para 19,7% em 2023. Esses números, contudo, ainda são elevados comparados com a média da Região Sudeste. O mercado de trabalho e sua dinâmica são pontos-chave para compreender essa diferença, uma vez que o Rio possui uma taxa de desocupação superior à de outros estados da região, conforme destaca André Simões, pesquisador do IBGE.
Quais são as questões enfrentadas pelas famílias vulneráveis?
Na região de Queimados, na Baixada Fluminense, locais como o Conjunto Olimpo exemplificam a vulnerabilidade das famílias. Com uma população de cerca de 600 habitantes, muitos ali enfrentam dificuldades financeiras. O casal Lindaci da Silva e Jairo ilustra essa realidade. Com a perda gradual da visão de Jairo, o casal agora depende de um auxílio governamental de R$ 600 para sobreviver.
Além disso, o caso de Júlia Dias e Jaime, que atuam como catadores e perderam o benefício do Bolsa Família, destaca a precariedade e instabilidade enfrentada por muitos. Apesar de tentativas frequentes de regularizar a situação, o benefício continua bloqueado, aumentando os desafios diários dessa família.
Outro ponto preocupante no estado é a condição dos jovens entre 15 e 29 anos que não estão nem estudando nem trabalhando. Em 2023, o número atingiu 770 mil, refletindo dificuldades significativas na transição da escola para o mercado de trabalho. Este fenômeno sugere barreiras de inserção profissional e a necessidade de políticas públicas que facilitem a empregabilidade e o acesso à educação técnica e superior.