Tarifa dos trens pode ficar mais cara no Rio de Janeiro em 2025
No cenário atual do transporte público no Rio de Janeiro, as tarifas dos trens da SuperVia estão previstas para sofrerem um aumento significativo. Previsto para 2025, esse ajuste elevará o preço do bilhete dos atuais R$7,10 para R$7,60. Essa informação foi divulgada através de um ofício enviado pela empresa à Agetransp, a agência responsável pela regulação do setor.
É importante notar que esse aumento se refere ao reajuste ordinário do valor máximo unitário da tarifa padrão, desconsiderando quaisquer subsídios ou benefícios sociais. Esse novo valor tornaria os trens mais caros do que o metrô, que atualmente custa R$7,50. A mudança está programada para entrar em vigor a partir de fevereiro do próximo ano.
Como são calculados os reajustes tarifários?
Segundo o contrato de concessão firmado, as tarifas da SuperVia são corrigidas anualmente no mês de novembro. Esse ajuste segue a variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas. Partindo do valor atual da passagem, R$7,10, e considerando um aumento de 6,33%, conclui-se que a tarifa será arredondada para R$7,60.
Além disso, o Estado subsidia a chamada “Tarifa Social”. Este benefício permite que pessoas com idades entre 5 e 64 anos, que possuem renda mensal inferior ou igual a R$3.205,20, paguem menos em transportes geridos pelo Estado, incluindo trens, metrôs e barcas. Atualmente, para esses passageiros, o custo do trem cai para R$ 5,00.
Impacto do aumento tarifário para outros meios de transporte
Enquanto a SuperVia se prepara para o ajuste das tarifas, o metrô do Rio de Janeiro também planeja um reajuste em abril, calculado com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fornecido pelo IBGE. O novo valor ainda não foi definido, mas considerando o cenário atual, uma elevação deve ocorrer.
O alto preço das tarifas já é motivo de preocupação para a MetrôRio. Um ofício foi enviado ao governo estadual, enfatizando a diferença crescente entre as tarifas do metrô e as dos ônibus municipais. Em 2019, essa disparidade era de 13%; atualmente, em 2024, teve um salto para 74%, uma diferença considerada insustentável, segundo a concessionária.
A situação relatada pela MetrôRio aponta para um desequilíbrio grave no sistema de transporte, com aumento de custos operacionais. Nos últimos seis meses, houve uma redução significativa na demanda pelo serviço metroviário, excluindo os usuários da Tarifa Social, que caiu em cerca de 10%.