Vendas de carros em MG registram grande queda

No mês de junho, as revendedoras de veículos em Minas Gerais enfrentaram um período difícil, com uma queda de aproximadamente 53% nas vendas em comparação com maio.

Enquanto isso, em todo o país, a redução na comercialização de veículos foi de 5,6%. Esses dados foram divulgados pela Fenabrave/Senatran e reunidos pela Cavalcante Consultoria. Saiba mais informações!

Vendas de carros diminuem em Minas Gerais

No entanto, o setor automotivo em Minas Gerais poderia ter enfrentado um cenário ainda mais desafiador se não fosse o papel das locadoras de veículos, responsáveis atualmente por 70% dos emplacamentos no estado.

Esse alto percentual se deve a algumas condições favoráveis oferecidas pelo governo estadual, como uma taxa de IPVA mais baixa em comparação a outros estados, além da simplificação do processo de transferência de veículos para as locadoras estabelecido pelo Dentran-MG, que eliminou a necessidade de vistorias.

As locadoras adquirem cerca de 40 mil carros novos por mês e, com os recentes incentivos aprovados pelo governo federal para a compra de veículos novos, optaram por adiar suas compras de veículos até R$ 120 mil para aproveitar os benefícios.

Inicialmente, o plano governamental deixaria essas empresas de fora nos primeiros 15 dias, mas o presidente Lula (PT) ampliou o prazo exclusivo para pessoas físicas para 30 dias, o que impactou negativamente o mercado, levando as locadoras a adiarem suas compras para o período em que poderão acessar o benefício do governo.

Motivos para a queda das vendas

Marcelo Cavalcante, consultor automotivo, destaca que as locadoras adotaram essa estratégia para mostrar seu valor ao governo. Adiaram suas compras o máximo possível, o que resultou em uma queda nas vendas, apesar do programa governamental. No entanto, em algum momento, elas terão que repor seus estoques.

Embora o retorno das locadoras às compras de veículos de até R$ 120 mil possa ocorrer nos últimos dias do mês, o consultor avalia que isso não acontecerá na mesma quantidade que foi adiada anteriormente.

Em nota, a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) afirmou que a prorrogação impede a participação do principal cliente das montadoras, responsável pela compra de 30% dos veículos vendidos no país, prejudicando a estabilidade da indústria automotiva.

A associação enfatizou que, caso a medida contemplasse todos os compradores, tanto pessoas jurídicas quanto físicas, de forma isonômica e não discriminatória, o programa alcançaria seu objetivo de ampliar a produção e estimular o emprego na indústria automotiva.

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Imagem: Reprodução/Freepik