Rio de Janeiro tem número assustador de casos de violência sexual contra a mulher; veja dados

O Rio de Janeiro enfrentou um alarmante aumento nos casos de violência sexual contra mulheres ao longo do ano de 2022, revela o recente Dossiê Mulher, divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) e vinculado ao governo estadual.

Os números alarmantes mostram um total de 7.363 casos, representando 5,9% de diversos tipos de agressões contra mulheres, o que marca o pico mais alto desde 2014. Saiba mais informações!

Alto número de casos de violência contra a mulher no Rio de Janeiro

O relatório atribui esse aumento a uma maior confiança no sistema de justiça criminal, juntamente com a expansão dos canais de denúncia e iniciativas de conscientização sobre crimes ligados a essa forma específica de violência. No entanto, os dados também destacam que a violência psicológica liderou as ocorrências, com 43.594 casos, seguida de violência física, violência moral e violência patrimonial.

É crucial ressaltar que, dentre as formas de violência relatadas, as mulheres representaram a maioria das vítimas, com exceção de crimes como calúnia, tentativa de homicídio e homicídio doloso. A Lei Maria da Penha foi aplicada em 63,5% dos casos, enfatizando o contexto predominante de violência doméstica e familiar.

Os resultados revelam um cenário preocupante na Região Metropolitana, que concentrou 71,4% das vítimas. A violência psicológica, segundo o dossiê, frequentemente serve como um prenúncio para outras formas de agressão.

No decorrer de 2022, mais de 125 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica e familiar no Rio de Janeiro, indicando que, em média, 14 mulheres sofreram algum tipo de agressão a cada hora.

Características das vítimas

A faixa etária mais afetada abrangia mulheres entre 30 e 59 anos, com 15,8% das mulheres idosas sendo agredidas por seus próprios filhos. Os parceiros ou ex-parceiros representaram cerca de metade dos agressores, e a maioria dos incidentes ocorreu dentro das residências das vítimas.

A gravidade do cenário é ainda mais evidente quando se observa que 111 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro no mesmo período. A maioria das vítimas tinha entre 30 e 59 anos e era de etnia negra, e os parceiros ou ex-parceiros responderam por 80,2% dos casos.

Além disso, em dois terços dos casos, as mulheres assassinadas eram mães, e em 17 casos, seus filhos menores presenciaram os crimes.

Por fim, o dossiê destaca que, em 75% das situações, os autores justificaram suas ações na delegacia com um sentimento de posse, como ciúmes, além de brigas, términos de relacionamento e suspeitas de traição. No entanto, em 75,1% dos casos, os autores foram presos pela Polícia Civil, seja em flagrante, após investigação ou por entrega voluntária.

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Imagem: Reprodução/Freepik