Anvisa fecha clínicas em Belo Horizonte por motivo polêmico
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em conjunto com autoridades estaduais e municipais de vigilância sanitária, recentemente realizou uma operação de fiscalização em clínicas de estética em todo o Brasil. A ação, chamada “Estética com Segurança”, tinha como objetivo principal avaliar a conformidade dos estabelecimentos com as normas sanitárias vigentes para assegurar a saúde dos consumidores.
Durante a operação, foram inspecionadas clínicas em Belo Horizonte e outros grandes centros urbanos. Entre os problemas encontrados, destacaram-se o uso de produtos sem registro no país, armazenamento inadequado de medicamentos e a utilização de equipamentos sem a devida calibração. Esses fatores representam potenciais riscos à saúde dos clientes que procuram tratamentos estéticos.
Irregularidades foram detectadas pelos fiscais da Anvisa?
Os auditores identificaram práticas inadequadas em várias clínicas, como a manipulação de medicamentos em escalas incompatíveis com a regulação vigente. Produtos vencidos e sem data de validade foram localizados em algumas inspeções, além da reutilização de materiais que deveriam ser descartados após o uso único. Tais práticas não só violam normas de segurança, mas colocam em risco a integridade física dos pacientes.
Outro problema crítico encontrado foi a falta de responsáveis técnicos habilitados acompanhando os procedimentos realizados. A ausência de profissionais qualificados no local de trabalho compromete a segurança dos tratamentos, aumentando as chances de erros e complicações.
Clínicas com protocolos inadequados representam uma séria ameaça à saúde pública. A falta de protocolos de segurança e controle rigoroso de qualidade facilita a ocorrência de infecções e outras complicações médicas. Instrumentos com características de uso único foram identificados como reutilizados sem devida esterilização, aumentando significativamente o risco de transmissão de doenças.
Também foi constatada a falta de registros adequados no atendimento aos pacientes. Informações cruciais sobre os procedimentos realizados e possíveis intercorrências não foram devidamente documentadas, o que impede um acompanhamento eficaz da saúde do cliente e prejudica o gerenciamento de riscos.
As clínicas que não cumpriram as normas vigentes enfrentam diversas penalidades, que podem incluir multas pesadas, interdição parcial ou total das atividades, e, em casos mais graves, o fechamento definitivo. As fiscalizações têm como objetivo conscientizar os proprietários dos estabelecimentos sobre a importância de cumprir as regras sanitárias para proteger a saúde dos usuários.