Afundamentos e crateras como os de Maceió já ocorreram em cidade de MG

Maceió (AL) encontra-se em alerta máximo desde quinta-feira (30) devido ao risco iminente de colapso de uma das 35 minas de sal-gema operadas pela Braskem na cidade.

A preocupação imediata levou à evacuação emergencial dos bairros Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol, forçando aproximadamente 5 mil residentes a abandonarem suas residências. Saiba mais informações!

Afundamento em Maceió já aconteceu em cidade de MG

O afundamento gradual de Maceió já havia levado 60 mil pessoas a deixarem suas casas desde 2018. No ano seguinte, um relatório do Serviço Geológico Brasileiro confirmou a ligação entre o afundamento do solo e as atividades subterrâneas da Braskem, resultando em um acordo com a prefeitura local e o pagamento de R$ 1,7 bilhão em indenizações.

Entretanto, esse não é um caso isolado no Brasil. Entre 2008 e 2013, Vazante, no Noroeste de Minas Gerais, vivenciou o aparecimento de grandes crateras, algumas com mais de 25 metros de profundidade, assustando os moradores. Inicialmente, as autoridades locais atribuíram os eventos a causas naturais, como as fortes chuvas.

Contudo, o Ministério Público Federal de Uberlândia (MG) moveu uma ação civil pública contra a empresa Cia. Mineira de Metais, do grupo Votorantim Metais, solicitando a paralisação das atividades de mineração devido ao bombeamento excessivo de água, que causava afundamento do solo e problemas ambientais.

Problemas ambientais

Outro exemplo preocupante ocorre em Buriticupu (MA), onde a cidade enfrenta erosões cada vez maiores devido ao fenômeno conhecido como “voçoroca”, fendas no solo relacionadas ao desmatamento.

Com 26 crateras cercando a cidade, algumas atingindo 600 metros de extensão e 70 metros de profundidade, mais de 50 casas foram engolidas, levantando questionamentos sobre a viabilidade de combater as voçorocas em comparação com a realocação da cidade, como sugerido pelo geólogo Clodoaldo Nunes em entrevista ao Jornal Nacional.

Esses eventos destacam a necessidade de avaliações mais cuidadosas e regulamentações eficazes para atividades subterrâneas que possam impactar negativamente o meio ambiente e as comunidades locais.

Imagem: Divulgação/Prefeitura de Vazante