Castelinho da Floresta: Conheça o local de BH que oferece serviços para crianças e adolescentes em situação de rua

O Castelinho da Floresta, uma construção histórica situada no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte, desempenha um papel crucial na capital mineira.

Erguido em 1918 no número 210 da Rua Varginha, o edifício, conhecido por sua arquitetura eclética com inspiração art nouveau, foi concebido como uma residência familiar com dois pavimentos e uma torre lateral de quatro andares, projetados pelo arquiteto italiano Luiz Olivieri e pelo arquiteto português Manoel Ferreira Tunes. Saiba mais informações sobre o local!

Castelinho da Floresta

Ao longo das décadas, o Castelinho assumiu diversas funções, incluindo uma pensão nas décadas de 1960 e 1970, proporcionando abrigo a famílias e recém-chegados à cidade em busca de oportunidades. Posteriormente, na década de 1980, tornou-se o Hotel Palladium.

Em 1996, foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, mas enfrentou abandono após um incêndio devastador em 2002.

Restauração do local

O resgate dessa joia arquitetônica ocorreu em 2016, quando o Instituto MRV adquiriu e restaurou o imóvel, doando-o à Prefeitura de Belo Horizonte. O projeto de R$ 1,2 milhão envolveu uma restauração completa, preservando elementos originais como portas e janelas em madeira. A Fundação Municipal de Cultura supervisionou a obra para garantir a fidelidade às características do edifício tombado.

Atualmente, o Castelinho da Floresta, com uma área de 681,21 metros quadrados, abriga o Centro Pop Miguilim, um serviço dedicado a crianças e adolescentes em situação de rua. O local, com capacidade para atender 50 jovens por dia, é a sede do Projeto Miguilim, que, há 30 anos, desempenha um papel vital no atendimento e acompanhamento desse público.

Além de ser um refúgio físico, o Castelinho da Floresta utiliza a arte e interações sociais como ferramentas na construção do processo de saída das ruas e na reintegração familiar e comunitária, consolidando-se como um castelo de esperança para essas crianças e adolescentes em Belo Horizonte.

Imagem: Reprodução/ARQBH