Produto típico de Minas Gerais pode se tornar patrimônio da humanidade
A típica culinária mineira pode estar à beira de um significativo marco histórico. A Unesco analisa a candidatura dos modos de fazer o Queijo Minas Artesanal para o título de Patrimônio Cultural Imaterial. Esta avaliação ocorrerá durante a 19ª sessão do Comitê Intergovernamental, marcada para 4 de dezembro, em Assunção, no Paraguai. Este possível reconhecimento promove não apenas o queijo em si, mas também valoriza os processos e tradições envolvidas na sua produção.
O secretário estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, sublinha que a candidatura à Unesco é fruto de uma preparação que se estende por mais de duas décadas, desde que o queijo passou a ser considerado patrimônio cultural em nível estadual e nacional. A expectativa é que este reconhecimento lance luz sobre a riqueza gastronômica mineira como um todo.
O que significa o reconhecimento pela Unesco?
O potencial reconhecimento pela Unesco pode representar uma transformação significativa para os produtores locais e para a cultura alimentar de Minas Gerais. O secretário Oliveira destaca que o reconhecimento daria ao queijo um status único, alinhando-o a outros alimentos mundialmente reconhecidos, como o ceviche. Isso não apenas destacaria a qualidade do queijo, mas também preservaria os métodos tradicionais de produção, essencialmente realizados por gerações de produtores locais.
A candidatura recebe apoio considerando que outros componentes da culinária mineira, como o uso do milho, mandioca e farinhas, poderiam ser igualmente reconhecidos no futuro. Isso sugere uma visão de longo prazo para que a cozinha mineira se consolide como um patrimônio da humanidade.
O impacto desse reconhecimento extrapola a valorização do queijo e influencia diretamente a cultura alimentar do estado. O selo da Unesco pode abrir portas para o turismo gastronômico e para o reconhecimento dos modos de fazer como elementos culturais mundialmente relevantes. Este processo fortalece a identidade cultural local e incentiva práticas sustentáveis que valorizam tanto o produto quanto as pessoas envolvidas na sua criação.
Como a homologação será celebrada?
Para celebrar o reconhecimento potencial, o governo de Minas está organizando diversos eventos. A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo planeja atividades como um show de drones com projeções sobre a produção queijeira. Na mesma data, haverá uma performance musical no Palácio das Artes e uma degustação especial na Praça da Liberdade, destacando a rica combinação de queijos e cachaça mineira.
Essas ações culminarão com a partilha do maior queijo do mundo, pesando 2.870 quilos, numa cerimônia que promete atrair tanto entusiastas do queijo quanto curiosos sobre essa tradição única. Estes eventos não apenas comemoram o potencial reconhecimento, mas também promovem a rica cultura e gastronomia mineira, elevando o perfil do estado em um palco global.