Bailes Funk se tornaram Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro

O governo do estado do Rio de Janeiro acaba de marcar um importante passo na preservação da cultura carioca ao sancionar a lei nº 10.113/2023, de autoria da deputada estadual Verônica Lima (PT).

Essa lei reconhece os antigos bailes funk, conhecidos como “Bailes das Antigas”, como Patrimônio Cultural Imaterial. Saiba mais informações!

Bailes Funk antigos se tornam Patrimônio Cultural Imaterial no Rio de Janeiro

Essa medida representa um gesto significativo de apoio às iniciativas que buscam valorizar e divulgar esse rico patrimônio, que transcende gerações e faz parte da identidade cultural do estado.

Os “Bailes das Antigas” têm raízes profundas nas décadas de 1980 e 1990, quando o funk melody emergiu nas periferias do Rio de Janeiro. Esse gênero musical singular é uma fusão do soul americano com as batidas tradicionais do funk carioca, criando uma sonoridade única que cativou os corações e os pés de milhares de pessoas ao longo dos anos.

Hoje, esses bailes são muito mais do que simples eventos de entretenimento. Eles se tornaram celebrações que resgatam a cultura e as memórias das comunidades.

O destaque vai para o fato de que, nos dias de hoje, esses eventos são marcados pela ausência de letras que promovem a apologia ao crime, o machismo ou qualquer tipo de ilegalidade e discriminação, tornando-os adequados para todas as idades e promovendo um senso de pertencimento e união entre as pessoas.

Verônica Lima, a mente por trás dessa iniciativa, expressou sua alegria nas redes sociais e destacou a importância dos bailes para a história e a contemporaneidade das periferias.

Ela ressaltou: “A patrimonialização dos Bailes no estado do Rio de Janeiro simboliza um fortalecimento dessa importante manifestação da cultura popular que gera não apenas entretenimento sadio, solidário e sem violência, mas também emprego e renda para a população.”

Valor cultural e social

Além de seu valor cultural, os bailes funk das antigas também têm um histórico de engajamento social. Eles eram palco para arrecadação de alimentos, organização de oficinas de DJs, dança, moda e outras atividades culturais, criando oportunidades de emprego e renda para os moradores das comunidades.

Essa lei representa um marco na proteção e promoção da cultura popular do Rio de Janeiro, e esperamos que ela inspire outras iniciativas que valorizem e preservem nossa rica herança cultural.

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Imagem: Reprodução/Freepik