Utilizar resíduos do esgoto? Esta cidade do RJ tem uma das estações mais sustentáveis do Brasil

Na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, sugiu uma iniciativa inovadora que combina natureza e tecnologia para tratar o esgoto de forma mais sustentável.

A Lagoa de Araruama, uma das maiores lagunas costeiras hipersalinas do mundo, agora se destaca como referência nacional em métodos de tratamento de efluentes, graças à recente inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Ponte dos Leites. Saiba mais informações!

Nova tecnologia para tratamento de esgoto

Nessa estação, além de empregar equipamentos de última geração, o lodo resultante do processo de tratamento é completamente reaproveitado. Esse resíduo é transformado em tijolos ecológicos artesanais e adubo para reflorestamento. Por meio dessa iniciativa, já foram replantadas 40 mil mudas nativas em uma área de 23 hectares da região.

Por esse motivo, a ETE Ponte dos Leites é considerada uma das mais sustentáveis do país e emprega uma técnica inovadora ainda pouco explorada no Brasil, conhecida como wetland ou Terras Úmidas Construídas. Esse sistema envolve a criação de uma lagoa artificial com plantas aquáticas, como o papiro, embaúba vermelha e sombrinha chinesa.

Essas plantas contribuem para o pré-tratamento dos efluentes, e os microrganismos presentes em sua vegetação natural degradam a matéria orgânica do esgoto. Essa estação de tratamento inclui três lagoas com esse método.

Benefícios da nova técnica

Além dos benefícios ambientais, a ETE Ponte dos Leites contribui para o impacto social. Com um espaço de 11 hectares, equiparado a 11 campos de futebol, a estação dispõe de duas unidades de tratamento preliminar mecanizadas e custou R$ 31 milhões.

Ela é operada pela Águas de Juturnaíba, uma subsidiária do Grupo Águas do Brasil responsável pelo saneamento na região. Com sua implementação, a capacidade de tratamento de esgoto teve um aumento de 200 para 220 litros por segundo, podendo atender até 144 mil habitantes.

Além disso, a iniciativa de reutilização do lodo na produção de tijolos ecológicos tem trazido benefícios à comunidade. A produção desses tijolos ocorre em uma oficina da concessionária, e o excedente do lodo é utilizado na compostagem para produção de um fertilizante rico em matéria orgânica e nutrientes.

As plantas presentes nesse sistema wetland são podadas frequentemente e parte do material é destinado ao projeto Ecofibras, que proporciona cursos de artesanato a jovens de escolas públicas e pessoas com deficiências intelectuais e motoras.

O projeto se tornou uma fonte de renda para comunidades, mostrando que a combinação de tecnologia e cuidado com a natureza pode gerar impacto positivo tanto no meio ambiente quanto na sociedade.

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Imagem: Reprodução/Freepik