Servidores de Minas Gerais podem ter atraso no pagamento de salários após ataque

A Prefeitura de Coronel Fabriciano, localizada no Vale do Aço, em Minas Gerais, passou por um árduo ataque cibernético na última semana. O ataque deixou seus serviços significativamente comprometidos, entre os quais se incluem emissões de notas fiscais e pagamentos de tributos.

O incidente também afetou vários outros setores, incluindo saúde, educação, assistência social, administrativa e tributária. O ataque, além disso, coloca em risco a folha de pagamento do funcionalismo municipal.

Jose Márcio Gomes Pereira, secretário de Governança Política, está focado na resolução desse problema. A expectativa é de que tudo seja normalizado dentro de poucos dias. A principal preocupação do momento, é garantir que a folha de pagamento dos servidores não seja impactada.

Como a prefeitura está lidando com o ataque hacker?

O secretário de Governança Política esclareceu que, embora os dados locais tenham sido perdidos devido ao ataque, os mesmos são salvos em nuvem graças a um protocolo de segurança implementado pela prefeitura.

Esse protocolo também inclui a criação diária de backups dos dados gerados. Por conta disso, embora a recuperação desses dados seja atualmente o grande foco de trabalho, o grande volume deles torna o processo demorado.

Contudo, os esforços da prefeitura não se limitam apenas à recuperação dos dados. A administração do município também está trabalhando na identificação dos responsáveis pelo ataque, para que possam ser punidos conforme as leis vigentes.

Quem são os responsáveis pela resolução?

Denner Franco, procurador geral do município, ressalta que a prefeitura está trabalhando em todas as frentes, especialmente na punição daqueles que são identificados como autores do ataque. Nesse sentido, a empresa responsável pelo sistema do site da Prefeitura de Coronel Fabriciano, sediada em Uberlândia, está trabalhando em conjunto com a polícia e a administração municipal na resolução do problema.

O cenário dos ataques hackers a prefeituras mineiras

De acordo com as informações disponíveis, a Prefeitura de Coronel Fabriciano registrou boletins de ocorrência nas polícias Civil e Militar. Entretanto, a administração municipal não informou se os hackers entraram em contato solicitando algum resgate em troca dos dados sequestrados.

A cidade de Coronel Fabriciano não foi a única a enfrentar esse tipo de situação na última semana. Outras prefeituras de cidades mineiras também registraram invasões de hackers: Araguari, Divinópolis e Poços de Caldas. Diferentemente dos outros casos, em Poços de Caldas, os hackers fizeram um pedido de resgate de R$ 15 milhões para devolver o acesso ao sistema.

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