Maior dente de dinossauro do mundo é achado em Minas Gerais; saiba a qual espécie ele pertence

Em 5 de outubro de 2023, pesquisadores brasileiros revelaram ao mundo uma descoberta paleontológica que desafia registros históricos. Na Serra da Galga, em Minas Gerais, o maior dente de titanossauro até hoje registrado foi descoberto perfeitamente preservado.

Uma das peças mais destacadas dessa descoberta apresenta expressivos 6,2 centímetros de comprimento, superando o recorde anterior, um dente argentino com 5,6 cm, encontrado em 2013.

O estudo, conduzido por equipes do Museu dos Dinossauros da Faculdade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em colaboração com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da Universidade de São Paulo (USP), trouxe à luz novos aspectos da pré-história brasileira.

O achado em Minas Gerais inclui mais que um único dente de dinossauro?

Outros dentes também foram encontrados na expedição realizada em Minas Gerais. Foram dois fósseis dentários adicionais, um de 4,38 cm e outro de 2,39 cm, todos, conforme acreditam os pesquisadores, pertencentes à mesma espécie, mas possivelmente de indivíduos de diferentes estágios de maturidade.

Essa característica, chamada de “morfótipo” pelos paleontólogos, diz respeito à diferenciação dentro do próprio grupo de espécimes.

Quem foram os titanossauros?

Julian Silva Junior, doutor pelo Laboratório de Paleontologia da FFCLRP, explica que os titanossauros foram uma espécie de dinossauro gigante e herbívoro, pertencente ao grupo dos saurópodes.

No território brasileiro atual, a maior espécie de dinossauros são justamente os Uberabatitan, a que estariam associados os dentes encontrados.

O que esses dentes revelam sobre os titanossauros?

Os fósseis são pistas valiosas para entender mais sobre essas criaturas magníficas. É através das marcas e do desgaste que podemos entender parte do estilo de vida desses antigos animais.

O titanossauro brasileiro estava situado no topo da cadeia alimentar com um apetite voraz, mas sua dieta parecia preservar um fascínio mais específico por plantas macias, quando observamos a falta de danos em seus dentes.

Embora a descoberta não tenha sido realizada junto a crânios ou outras evidências materiais, a presença exclusiva dos Uberabatitan na região faz com que os cientistas acreditem que os dentes pertenciam a essa espécie. Essa evidência ajuda a revelar mais sobre o tamanho, dieta e comportamentos da espécie, dando maiores indícios de como era a vida de um titanossauro no Brasil pré-histórico.

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